terça-feira, 31 de março de 2009

Procon orienta consumidor
sobre as compras de Páscoa


O calor excessivo de março, cuja temperatura máxima tem oscilado entre 29 e 31 graus sobretudo nos últimos três dias, pode comprometer a qualidade e a conservação dos ovos e outros produtos de chocolate. A advertência do coordenador do Procon de Pelotas, Jardel Oliveira, tem por objetivo evitar transtornos diversos no pós-venda, tanto para os compradores, quanto para os lojistas.
“Sugerimos ao consumidor maior atenção às condições de conservação nas lojas e às mercadorias com recheios de frutas, aconselha.
Estes chocolates, explica Oliveira, tendem a azedar e perecer com mais facilidade e, por isso, deve-se ficar atento às datas de fabricação e de validade. Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) sinaliza que bombons com frutas em sua composição, fabricados de forma artesanal, duram em média um mês. Para Nóris Finger, chefe do Serviço de Educação ao Consumidor do órgão de defesa, a curta longevidade consiste em mais um risco à saúde no caso de produtos expostos há meses nos estabelecimentos.
Cuidado com versões diet e light
A preocupação da equipe do Procon justifica-se pela oferta de chocolates cada vez mais precoce em relação à data da Páscoa: cerca de 60 dias antes da data comemorativa. Se houver dúvidas sobre a temperatura adequada do estabelecimento comercial, basta consultar a própria embalagem, onde consta a indicação da indústria. A leitura minuciosa do rótulo continua sendo uma das dicas de maior valia também para a verificação do peso e dos ingredientes usados.
Outra recomendação de Oliveira diz respeito ao aumento da cautela na aquisição de versões diet ou light dos ovos de páscoa convencionais. O fato de terem tais nomenclaturas, esclarece o coordenador, não implica, necessariamente, a redução de açúcar ou energia. “Estamos diante de uma precaução indispensável, já que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, informa que, embora os chocolates diet não contenham açúcar, possuem mais gordura do que os tradicionais”, avalia.
Nota fiscal e pesquisa de preços
Quanto aos caseiros, Nóris orienta a busca das informações acerca da manufatura, como procedência, condições de higiene e determinação de prazos de consumo. A nota fiscal e todas as regras do Código de Defesa e Proteção do Consumidor, reforçam Nóris e Oliveira, são pré-requisitos não somente para a venda dos ovos industrializados, mas também para a comercialização dos artesanais. “O comprovante fiscal é a única garantia para uma eventual e fundamentada reclamação”, relembra Nóris.
A pressa é inimiga da perfeição também na hora de adquirir os presentes de Páscoa. Não menos importante, o estímulo de Oliveira, de não deixar as compras para a última hora, poderá evitar que vários compradores levem mercadorias quebradas e derretidas por força do forte calor.
“Também se faz imprescindível a difundida pesquisa de preços”, acrescenta.
Selo do Inmetro e armazenamento
Na tentativa de proteger as crianças da “febre” de consumo de ovos com brinquedos, Nóris enfatiza a obrigatoriedade do selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e da indicação da idade recomendada para utilização do “objeto surpresa”.
Ainda sobre a questão sanitária, o consumidor precisa observar os locais de colocação dos chocolates: gôndolas muito próximas de produtos de limpeza e inseticidas comprometem a composição dos alimentos. Embalagens bem lacradas, explica a chefe de Educação do Procon, protegem os doces de insetos e possíveis contaminações nas dependências dos pontos de venda.

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